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21 de julho de 2022

CCS - COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL GABINETE SEMED

Diretores e vices são capacitados sobre alimentação saudável em escolas

Resolução Normativa do FNDE orienta sobre a aquisição de alimentos

Diretores e vice-diretores das escolas da Rede Municipal de Ensino de Ji-Paraná participaram hoje, terça-feira (19), da primeira capacitação presencial sobre alimentação escolar depois da pandemia da Covid-19.

O objetivo das nutricionistas da Secretaria Municipal de Educação (Semed) é ajudar as escolas na elaboração e execução de cardápios para que se adequem às determinações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do governo federal.

A Resolução/CD/FNDE nº 6, de 8 de maio de 2020, estabelece as normas para a execução técnica, administrativa e financeira do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) aos estados, municípios e escolas federais. Elas têm por base o Guia Alimentar para a População Brasileira publicado pelo Ministério da Saúde em 2014.

O Guia Alimentar preconiza a alimentação saudável baseada no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, limitando o consumo de alimentos processados e evitando o consumo de alimentos ultraprocessados nas escolas públicas.

Na prática, segundo as nutricionistas da Semed, Geisa Almeida, Luiza Siena e Gisele Dias, as escolas precisam adaptar seus cardápios para oferecer aos estudantes o maior número de dias possíveis durante a semana, frutas in natura, legumes e verduras, reduzindo a aquisição de alimentos processados e ultraprocessados a no máximo 20% de tudo que é adquirido para a merenda escolar.

De acordo com a resolução do FNDE, as escolas devem limitar em seus cardápios os legumes e verduras em conservas, carnes mecanicamente separadas, salsichas, aves temperadas, empanados, charque, bebidas lácteas, pães e preparações regionais como canjica, arroz doce, curau e similares.

As escolas devem ainda evitar a aquisição de alimentos e bebidas ultraprocessadas como bebidas à base de frutas com aditivos ou adoçadas (sucos em sachê), chocolates, biscoitos, bolachas recheadas, bolos com cobertura ou recheio, a adição de açúcares, mel e adoçantes (para crianças com menos de 3 anos) e a presença de alimentos com gordura trans.

“Resumindo, o FNDE quer um cardápio com muita comida mesmo, arroz, feijão, salada. Tem gente que diz que se o aluno ver as verduras, os legumes ele não come. Gente, não precisamos lembrar que a escola também é lugar de educação alimentar, ou seja, tem criança que realmente não conhece, não tem o costume de comer frutas, verduras e legumes. Precisamos apresentar a elas o alimento saudável”, explicou Gisela Dias.

Para a diretora da Escola Municipal Bárbara Heliodora, localizada na 4ª Linha da Gleba G, Maria Aparecida Gomes da Silva, o “costume” de preferir comer biscoitos, sucos, pães, bolos ao invés de comer comida com verduras, legumes e frutas é uma realidade em todas as escolas, inclusive na área rural.

“Tem gente que pensa que na área rural é diferente. Pode até ser menos, mas as nossas crianças também vêm para a escola com vícios alimentares de casa. Já estão acostumadas a comer biscoito recheado e a consumir muito açúcar. Na escola, estamos fazendo o possível para nos adaptar. Estamos procurando seguir o cardápio sugerido pelas nutricionistas na nossa merenda para termos uma alimentação de qualidade”, disse Maria Aparecida.

“Só temos a agradecer mais uma vez à presença de todos aqui na Semed. Sabemos que essa adaptação à resolução do FNDE é difícil, mas é necessária e estaremos sempre aqui, com nossas nutricionistas para atender vocês no que for necessário”, garantiu o secretário de Educação de Ji-Paraná, Jeferson Barbosa.